segunda-feira, 6 de agosto de 2012

LIVROS - FICÇÃO

 Comissário de voo revela os bastidores da aviação

Enderson Rafael lançou seu novo livro pela Editora Gutenberg


Com mais 5 mil horas de voo e meio milhão de passageiros transportados por mais de meia centena de cidades em uma dúzia de países, Enderson Rafael conhece de perto o encantador mundo da aviação. Em Três Céus, lançamento da Editora Gutenberg, o autor transporta para a ficção os bastidores de quem o habita, ao narrar as rotinas e aventuras de três profissionais – um piloto e dois comissários – de uma companhia aérea brasileira. Patrícia, Lucas e Fernando são os personagens centrais e suas histórias de amor, dramas pessoais, desafios e paixões se entrelaçam, no imenso e rico universo da aviação. Três histórias, Três Céus.

A história de Lucas é a primeira da trama. Na companhia aérea já há algum tempo, o comissário domina todas as técnicas e macetes da profissão que escolheu. Amante de voos internacionais e também muito tímido, sempre acaba embarcando em aventuras nos seus dias de folga. Porém, mesmo assim, se sente incompleto. Em busca de um amor verdadeiro e também duradouro, a cada nova cidade em que aterrissa, com seus companheiros de bordo, seu coração bate mais forte na tentativa de se apaixonar verdadeiramente. Mas, ao conhecer Thaís, chefe de cabine, sua vida parece finalmente poder mudar completamente.

Novata, a paratiense Patrícia finalmente consegue alcançar sua meta ao passar por todas as fases do concurso para comissária na mesma companhia onde Lucas trabalha. Segunda personagem que o leitor conhecerá nesta trama, ela deixa sua vida, família e namorado para viver em São Paulo as emoções de voar pela primeira vez. Raí, Joyce, Carol e até Thaís são alguns dos amigos que passam, ao seu lado, pelos desafios da vida aérea. Muito competente e receptiva, até o copiloto Ricardo acaba se interessando pela garota, o que faz com que a jovem repense sua vida e os rumos que deseja seguir.

De volta ao Brasil, o experiente comandante Fernando Villas tem um desafio: conciliar sua não mais tão gloriosa vida profissional com os anseios de sua família. Terceiro personagem principal, ele lida com as difíceis escalas e esperas do cotidiano na nova empresa. Maduro, Fernando é um homem de mais de 40 anos, cujo casamento, que já não vai bem, torna-se ainda mais fragilizado quando sua esposa e seu filho caçula se mudam de São Paulo para Teresópolis. Fato que, somado à presença da jovem comissária Juliana na rotina do piloto, contribui para que tudo fique ainda mais conturbado.

Em um romance recheado de situações reais do mundo de aviação, essas três histórias se cruzam em uma sensível e curiosa narrativa que empolgará tanto tripulantes e aeroviários como qualquer passageiro. Três Céus é um convite para que o leitor embarque numa gostosa viagem, e voe junto com Lucas, Patrícia e Fernando, seja pegando carona em seus voos, seja embalado pela diferente história proposta por Enderson. Ao final do livro, o leitor encontra ainda um glossário sobre termos técnicos da aviação.

Sobre o autor – Enderson Rafael é comissário de voo e redator publicitário. Já tem outros dois livros publicados: Propaganda e Marketing para vestibulandos, calouros, curiosos e simpatizantes (Ed. Novas Ideias, 2006) e Todas as estrelas do céu (Ed. Novas Ideias, 2010).


SERVIÇO
Título: Três Céus
Autora: Enderson Rafael
Número de páginas: 256
Formato: 16 x 23 cm
Preço: 34,90

*** 3 ESTRELAS / Bom 




Editora LeYa lança “Sonhos” de Alyson Noël
 

AUTORA DO SUCESSO “OS IMORTAIS” LANÇOU O PRIMEIRO VOLUME DE SUA NOVA SAGA, "THE SOUL SEEKERS", DURANTE A BIENAL DO LIVRO DE SÃO PAULO

“Eles não veem o que eu vejo. Não veem o jeito que tudo para. Não veem o jeito que a atmosfera muda – ficando mais reluzente, nebulosa, como se estivesse olhando através de vidro iridescente. Não veem o jeito que os brilhantes aparecem – pairando ao longo do perímetro. Não veem o jeito que eles acenam para mim – pedindo que me junte a eles. Apenas eu posso ver isso. Mesmo depois de piscar várias vezes, tentando fazer a cena voltar ao normal, não adianta. E não há nada que eu possa fazer para deter o avanço deles – nada que eu possa fazer para convencer o tempo a seguir adiante novamente. Então, faço a única coisa que posso fazer – eu corro.”

Daire Santos é uma adolescente que tem uma vida de causar inveja a qualquer garota: é filha de uma maquiadora de Hollywood. Namora jovens estrelas de cinema e viaja com a mãe por todo o mundo, acompanhando sets de filmagem. Uma vida de glamour e pura diversão. Até que coisas estranhas começam a acontecer com ela. Ao completar 16 anos Daire começa a ter alucinações de pessoas reluzentes, corvos ameaçadores e cenas que poderia fazer parte de qualquer filme de terror. E o pior de tudo, ninguém acredita nela.

A editora LeYa lança em agosto o primeiro volume da saga The Soul Seekes, “Sonhos”, da autora Alyson Noël – conhecida mundialmente pelo sucesso da trama “Os imortais”. Alyson esteve no Brasil para o lançamento oficial do livro durante a Bienal do Livro de São Paulo. E desta vez, o sobrenatural está mais perto do que se pode imaginar.
Os médicos acham que se trata de um caso psiquiátrico. Sua avó, curandeira respeitada na pequena cidade de Encantamento, Novo México, afirma que pode curá-la com suas ervas e poções. Sem alternativa, Daire deixa sua antiga vida para morar nesta cidade perdida no meio do nada, longe da mãe, e com a avó que até então não conhecia.
O que parecia ser o fim, no entanto, revela-se o início de uma grande aventura: guiada pela avó, Daire descobre ser uma Buscadora de Almas, descendente de uma linhagem poderosa que, através dos tempos, vem garantindo o equilíbrio entre o bem e o mal tanto no nosso mundo quanto em outros mundos e outras dimensões.

Nessa mistura de sonho e realidade, Daire reencontra suas raízes ancestrais e conhece o menino dos seus sonhos – aquele que andava por suas visões com olhos azuis-gelo. Mas ela será obrigada a descobrir se estão predestinados um ao outro, ou se ele é aliado do inimigo que ela deve destruir.
“Sonhos” é um romance enigmático com uma narrativa eletrizante, que leva os leitores a um mundo místico desconhecido no qual o destino do mundo poderá ser traçado, e somente uma garota pode impedir que o pior aconteça.
A autora esteve no Brasil para o lançamento oficial do livro entre os dias 17 e 23 de agosto.

SERVIÇO
Título: Sonhos. Livro Um da Saga The Soul Seekers
Autora: Alyson Noël
Formato: 16 x 23 cm
Nº de páginas:320
Preço:29,90

** 2 ESTRELAS / Razoável








Sucesso internacional “Diário de um Banana” tem nova edição

“Casa dos Horrores”, sexto volume da série, chega às livrarias brasileiras

Acaba de chegar às livrarias do país o livro Diário de um Banana – Casa dos Horrores, sexto volume da série best-seller internacional do escritor norte-americano Jeff Kinney –com tiragem inicial de 200 mil exemplares, a obra supera o número do título anterior, A Verdade Nua e Crua, que teve 150 mil cópias. Nessa nova aventura, a vida de Greg Heffley vai de mal a pior, pois além dos problemas na escola, as coisas em sua casa são colocadas à prova com a chegada de uma forte tempestade de neve. O livro foi um dos destaques da V&R Editoras na 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Casa dos Horrores traz o eterno Banana em um dos piores episódios de sua vida. O pré-adolescente se vê em meio a um grande mal-entendido, quando se torna suspeito de vandalismo e, ainda, foragido da polícia. Se na escola as coisas não vão bem para o menino, em casa também não está nada fácil. Uma tempestade de neve acaba fazendo com que a família fique presa e com isso o lar doce lar se tornará uma verdadeira casa dos horrores.

Considerado um dos maiores fenômenos da literatura infanto-juvenil atual, já foram lançados no mercado brasileiro os seguintes títulos da série: Diário de um Banana – Um Romance em Quadrinhos (2008); Diário de um Banana – Rodrick é o Cara (2009), entre outros Com mais de 75 milhões de exemplares vendidos no mundo, a série contabiliza no Brasil cerca de 800 mil unidades vendidas. Nos Estados Unidos, o sétimo volume Diary of a Wimpy Kid – The Third Wheel (ainda sem título em português) será lançado em novembro. Por aqui o título deve chegar no início de 2013.

SERVIÇO

Título: Diário de um Banana -Casa dos Horrores
Autor: Jeff Kinney
Tradução: Alexandre Boide
Nº de Páginas: 218
Preço: R$ 34,90
** 2 ESTRELAS / Razoável










O conto em sua melhor forma
 

Nova edição reúne textos fundamentais da obra de Ricardo Ramos, filho de Graciliano Ramos
 

Circuito fechado, volume de contos que ganha nova edição pelo selo Biblioteca Azul, da Globo Livros, traz todas as características que fizeram seu autor, Ricardo Ramos, ser considerado um dos mestres da narrativa curta no Brasil. Dizer muito com poucas palavras, extrair da frase mínima o máximo de sentido, primar pela concisão. As razões que justificam o amplo alcance de sua literatura ficam evidentes, por exemplo, nas primeiras frases de “Circuito fechado (4)”, um dos textos que batizam o livro: “Ter, haver. Uma sombra no chão, um seguro que se desvalorizou, uma gaiola de passarinho. Uma cicatriz de operação na barriga e mais cinco invisíveis, que doem quando chove. Uma lâmpada de cabeceira, um cachorro vermelho, uma colcha e seus retalhos”. Na enumeração de substantivos aparentemente desconexos, a nostalgia das miudezas que constituem o cotidi ano de qualquer vida.
Além da extrema habilidade no trato com a palavra, o escritor dividiu com o pai, o escritor Graciliano Ramos, a preocupação com as questões sociais e políticas. A nova edição conta com apresentação de Alcides Villaça e prefácio de Lygia Fagundes Telles. Segundo a escritora, “Ricardo Ramos foi o autor perfeito diante da fragilidade do leitor que busca encontrar no livro uma chama de esperança para aliviar o homem neste mundo tão difícil”. Alfredo Bosi, na introdução da antologia do conto brasileiro contemporâneo, organizada por ele na década de 1970, aponta que “a matéria dos textos curtos e substantivos” de Circuito fechado é “a sociedade de consumo que se reinventa pelo miúdo no elenco de objetos e hábitos compulsivos”.
Ricardo Ramos escreveu, além de nove volumes dedicados a narrativa curta, dos quais três venceram o Prêmio Jabuti na categoria Contos, Crônicas e Novelas, dois romances, três novelas juvenis e dois ensaios. Graciliano: retrato fragmentado, biografia do pai que mostra o homem por trás da figura pública de artista, foi publicada pela Globo Livros em 2011. De sua obra, que já ganhou traduções para o inglês, espanhol, alemão, russo e japonês, serão editados ainda a novela Caminhantes de Santa Luzia e o volume Crônicas selecionadas.
Quinto filho do escritor Graciliano Ramos, Ricardo Ramos nasceu em 1929, em Palmeira dos Índios, Alagoas. Em 1936, durante a ditadura Vargas, Graciliano é preso e levado ao Rio de Janeiro, e Ricardo passa a morar com o avô materno. Em 1944, aos quinze anos, pai e filho reencontram-se no Rio de Janeiro, cidade em que Ricardo inicia sua vida profissional como jornalista. No Rio, começa a escrever e publicar contos em revistas e jornais e forma-se advogado, profissão que vem a exercer. Dedica-se à publicidade, motivo de sua mudança para São Paulo, onde vive por mais de trinta anos. Estreia na ficção em 1954 com os contos de Tempos de espera. Foi também editor, professor da ESPM e presidente da União Brasileira de Escritores (UBE). Morreu em São Paulo, em 1992. *** 3 ESTRELAS / Bom









EDITORA LANDMARK LANÇA GRANDES CLÁSSICOS DA LITERATURA EM EDIÇÕES BILÍNGUES

"Moby Dick" é o mais novo título da coleção

Oscar Wilde, Jane Austen, Joseph Conrad, Anne, Charlotte e Emily Brontë, Dante Alighieri, William Shakespeare, Mary e Percy Shelley – estes são só alguns dos autores que a Editora Landmark publicou nos últimos anos e incrementou o mercado editorial com edições bilíngues.
 

As versões bilíngues dos clássicos geram, além de entretenimento e leitura de qualidade, a oportunidade de conferir o texto original e na íntegra escrito pelo autor e sua tradução numa mesma obra, um conjunto de textos que se complementam e proporcionam diferencial de mercado para as publicações e um novo tipo de interpretação e olhar aos leitores. Resultado: a formação de uma legião de fãs das obras completas, leitores exigentes que desejam ter acesso ao autor por inteiro, através de seu texto e sua tradução em língua portuguesa num mesmo livro. “Persuasão”, “Orgulho e Preconceito”, “O Retrato de Dorian Gray” e “O Morro dos Ventos Uivantes” são os primeiros títulos relançados. “Bel-Ami”, de Guy de Maupassant, cuja versão cinematográfica estrelada por Robert Pattinson chega aos cinemas em 2012, já foi lançado com grande sucesso de vendas, como o primeiro lançamento da nova coleção em capa dura da Editora Landmark.
Agora chegou a vez de “Moby Dick”, do americano Herman Melville. Publicado originalmente em três fascículos com o título “A Baleia”, em Londres, em 1851, e ainda no mesmo ano em Nova York em edição integral. Somente a partir de sua segunda edição que ganha seu título definitivo, “Moby Dick”. A obra foi inicialmente mal-recebida pela crítica literária, assim como pelo público, mas com o passar do tempo tornou-se uma das mais respeitadas obras da literatura em língua inglesa. Inspirado pelas experiências pessoais do autor e por outros acontecimentos que marcaram o período, Moby Dick representa, além de uma complexa narrativa de ação, uma profunda reflexão sobre o confronto entre o homem e a natureza, ou segundo alguns especialistas, entre o homem e o Criador, reforçada pela ‘universalidade’ dos tripulantes do navio “Pequod”, o que sugere uma representação da Humanidade. Obra de profundo simbolismo, inclui referências a temas diversos como religião, biologia, idealismo, pragmatismo e vingança.

Melville tomou como base inspiradora a história do capitão George Pollard e de seu navio baleeiro “Essex” que, em 1823, foi atingido por uma baleia antes de naufragar. Depois que o “Essex” afundou, Pollard e sua tripulação boiaram no mar sem comida ou água por três meses, e recorreram ao canibalismo antes de serem resgatados.

O narrador é Ismael, um jovem aventureiro com experiência na marinha mercante, que por problemas financeiros decide voltar a navegar a bordo de um navio baleeiro, já que a riqueza com a caça de baleias era abundante. De igual forma se convence de que suas aventuras devem começar por Massachussets, região famosa por sua indústria baleeira. Antes de iniciar sua viagem inicia uma estranha amizade com um arpoeiro polinésio, Queequeg. Ambos seguem viagem no baleeiro “Pequod”, com uma tripulação formada pelas mais diversas nacionalidades e raças. O “Pequod” é comandado pelo misterioso e autoritário capitão Ahab, um experiente marinheiro, cuja perna mutilada fora decepada por uma baleia. Depois de vários dias sem ser visto, o misterioso Ahab surge no convés e revela a sua tripulação que o objetivo primordial da viagem, além da caça às baleias em geral, é a perseguição tenaz a Moby Dick, enorme mostro marinho que o privou de sua perna e que possui a fama de causar estragos a vários baleeiros que, ousados ou imprudentemente, tentaram caçá-la.

“Drácula”, de Bram Stoker, no centenário de sua morte (com a publicação do primeiro capítulo introdutório, retirado da edição original), foram publicados também em 2012 pela Landmark. O compromisso da editora tem sido o de incentivar a cultura por meio de obras imortais em edições diferenciadas que há mais de um século conquistam leitores por todo o mundo. **** 4 ESTRELAS / Ótimo








DRÁCULA - A MAIOR OBRA DE TERROR DA LITERATURA EM EDIÇÃO DE LUXO 

EM CAPA DURA BILÍNGUE, O LIVRO LANÇADO PELA EDITORA LANDMARK APRESENTA  O PRIMEIRO CAPÍTULO INÉDITO DA OBRA-PRIMA DE BRAM STOKER, NO ANO EM QUE SE CELEBRA O CENTENÁRIO DE FALECIMENTO DO AUTOR

A Editora Landmark inclui ainda nesta edição bilíngue de luxo em capa dura do romance “Drácula”, um primeiro capítulo excluído por Stoker quando da publicação em 1897. Mais tarde este capítulo, rebatizado como o conto “O Convidado de Drácula - Dracula’s Guest”, seria publicado em 1914 pela viúva de Stoker e, desde então, a crítica literária vem discutindo a importância deste conto como um capítulo introdutório de “Drácula”. A história gira em torno de um viajante inglês não identificado, associado a Jonathan Harker, nos momentos anteriores à sua partida para a Transilvânia, onde o mesmo se depara com acontecimentos sobrenaturais, forças desconhecidas e criaturas fantásticas.

Bram Stoker publicou seu romance “Drácula” em maio de 1897, estruturando-o como um romance epistolar, escrito a partir de uma série de cartas, relatos, diários pessoais, reportagens de jornais, registros de bordo, etc. A solução narrativa do autor foi brilhante: narrar a história a partir dos diários e memorandos de seus protagonistas, com isso as confissões e desesperos dos envolvidos na trama vão dando forma ao perigo, que só muito depois se torna completamente evidente. Ele nos apresenta também os costumes, tradições e a cultura da Inglaterra vitoriana e o a reação dos britânicos com relação ao que vem do estrangeiro, personificado através do medo arquetipiano da figura do vampiro. Nesse sentido, a realidade do racionalismo britânico entra em choque com o sobrenatural, explicitado através das figuras opostas de Drácula e de Van Helsing, ambos estrangeiros e pertencentes a sociedades estranhas aos costumes britânicos. A atmosfera gótica é o pilar do romance: a maior parte da história se passa na Inglaterra, berço da civilização industrial e para onde o Conde se dirige com o intuito secreto de conquistar o mundo, o que é apenas sublimado ao longo da narrativa. Quando o conhecimento científico encontra seu limite para lidar com os fatos, resta o conhecimento popular. É desse conhecimento que Van Helsing tira os procedimentos necessários para acabar com o vampiro. As dicotomias entre as figuras do bem e do mal são figuradas nos personagens humanos e nos vampiros. O único contato entre os universos é a sensualidade e o erotismo.

O medo de vampiros é anterior à publicação da obra de Stoker, tendo já aparecido em 1819, na obra “O Vampiro”, de autoria de John Polidori (1795-1821), contemporâneo de Mary Shelley e de Lorde Byron, entretanto, a propagação do mito e do medo e a inspiração para milhares de outras fabulações sobre vampirismo, devem-se, e muito, ao romance “Drácula”. O personagem principal, que é apresentado indiretamente através das narrativas dos demais personagens, pode ter sido inspirado na vida do príncipe Vlad Tepes, cuja crueldade e prazer em ver a agonia de suas vítimas contribuíram para que Bram Stoker criasse um ser tão perverso. Quando foi publicado em 1897, “Drácula” não foi um best-seller imediato, embora as críticas fossem extremamente favoráveis, classificando classificou Bram Stoker como sendo superior a Mary Shelley e Edgar Allan Poe. O romance tornou-se mais significativo para os leitores modernos do que foi para os leitores contemporâneos do autor, atingindo seu grande status lendário clássico ao longo do século 20, quando as versões cinematográficas apareceram. No entanto, alguns fãs da época vitoriana o descreveram como “a sensação da temporada” e “o romance de gelar o sangue do século”. Sir Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, escreveu a Stoker, afirmando, “Escrevo-lhe para dizer o quanto eu gostei de ler 'Drácula'”.

A história de “Drácula” tem sido a base de incontáveis filmes e peças, ópera, balé, graphic novels e inúmeras outras mídias, sendo que o número de filmes que incluem referências a Drácula direta ou indiretamente chega a mais de 649 adaptações. A primeira adaptação para os palcos, encenada em 18 de maio de 1897, foi escrita e dirigida pelo próprio Bram Stoker e encenada uma única vez em Londres. A primeira adaptação para o cinema ocorreu em 1922 e envolveu uma questão judicial entre o diretor do filme e o espólio de Bram Stoker. F. W. Murnau, o diretor do filme, lançou a história com o título “Nosferatu: Uma sinfonia de horror”, apenas alterando o nome do protagonista (de Drácula para Orlok) e transferindo o local da trama da Inglaterra para a Alemanha. O espólio de Stoker venceu a batalha judicial, sendo que todas as cópias existentes de “Nosferatu” deveriam ter sido destruídas, entretanto um pequeno número de cópias sobreviveu até os dias de hoje, sendo considerado um clássico do cinema de terror. Contudo, a versão mais conhecida e famosa da história de Drácula foi realizada pela Universal em 1931, estrelada por Bela Lugosi e dirigida por Tod Browning. ***** 5 ESTRELAS / Excelente











James Bond está de volta em novo romance de Jeffery Deaver

Ao completar 60 anos de sua criação por Ian Fleming e 50 anos do primeiro filme, o agente 007 estrela nova aventura no século XXI, escrita pelo autor de "O Colecionador de Ossos"

O espião mais famoso do mundo está de volta. Marcando os 60 anos de existência do inesquecível personagem criado por Ian Fleming e os 50 anos de sua estreia no cinema, James Bond protagoniza uma nova e contemporânea aventura no romance "Carte Blanche". Escolhido pelos herdeiros de Fleming para dar continuidade à saga do agente secreto, o mestre do suspense Jeffery Deaver - autor de "O colecionar de ossos", que ganhou uma adaptação para as telonas estrelada por Denzel Washington e Angelina Jolie - transporta Bond para o globalizado e extremamente tecnológico século XXI.

Veterano da Guerra do Afeganistão, James Bond é recrutado como agente secreto especializado em operações internacionais. Sob o comando do enigmático M, ele deve deter um atentado terrorista que pode tirar milhares de vidas. E recebe carta branca para fazer o que julgar necessário para cumprir sua missão. Com a ajuda de outros agentes, Bond conduz uma investigação ao redor do mundo, durante a qual irá se deparar com muitos perigos e belas mulheres. Porém, seu tempo é curto: se as mensagens estiverem certas, ele tem apenas uma semana para impedir um crime de proporções assustadoras.

 ”Sei o que meus fãs querem, os milhões de fãs Jeffery Deaver mundo afora”, disse o escritor durante o lançamento deste novo livro em Londres, com direito a cena de ação e Bond Girl - o autor apareceu numa moto com uma bela modelo. “Querem um livro que é essencialmente uma montanha-russa, se move muito rapidamente, com muitas reviravoltas, e uma grande surpresa no final. Bem, é isso o que ‘Carte Blanche’ será”, afirmou. A editora britânica Hodder & Stoughton, manteve segredo sobre o enredo antes do lançamento.
O autor optou por reconstruir Bond adaptando a saga para o mundo do século XXI: globalizado e tecnológico. “Carte Blanche” mostra o agente secreto James Bond por volta dos seus 30 anos, à serviço do MI6, com a missão de defender o mundo de um fato “terrível que irá acontecer dentro de cinco dias”. Segundo o próprio autor, a trama se desenvolve “à toda velocidade, cheio de reviravoltas e surpresas”, em cenários como a Sérvia, Londres, Dubai e África do Sul.


O título do livro, "Carte Blanche", ou "Carta Branca" em tradução literal, vem justamente das investigações de Bond dentro da Inglaterra, já que ele não tem carta branca pra trabalhar com contra-espionagem. Nisso, 007 é até importunado pelo MI5. Fora de Londres, Bond tem “Carta Branca” para agir da maneira que julgar necessário.
Dentro da história existe uma sub-trama em que Bond investiga a morte de seus pais, Monique e Andrew, em um contexto bem moderno.
Deaver já escreveu 28 livros e vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo. Ele continua uma longa tradição de romances pós-Fleming autorizados pelo espólio do autor, que incluíram Kingsley Amis, John Gardner e Raymond Benson.

SERVIÇO
Título: Carte Blanche
Editora: Record
Autor: Jeffery Deaver
Páginas: 462
Preço: R$ 49,90
**** 4 ESTRELAS / Ótimo






“Talvez Não Tenha Criança no Céu” retrata o cotidiano de um jovem em busca de seu espaço

Um livro de narrativa ousada e irreverente, e estreia de Davi Boaventura

Em Salvador, um garoto sem nome, prestes a terminar o ensino fundamental, circula por cenários e situações comuns entre adolescentes. Momentos como festas que nem sempre acabam bem, clubes, e a casa de amigos, em dias nos quais se pensa sobre o futuro. No meio de tudo isso, excesso com bebidas, o anseio por garotas e o descaso com a escola.

Esse é o cenário de Talvez Não Tenha Criança no Céu, livro com estilo próprio e bastante sutil é estreia de Davi Boaventura. O protagonista não é feliz e nem quer ser feliz, nos seus últimos dias de ensino fundamental quer apenas ser um pequeno pedaço de vácuo, e que lhe perdoem por essa ofensa”.      

A parceria entre o protagonista e seu amigo Gil remete aos clássicos Sal Paradise, como narrador original, e seu amigo e modelo de inquietude Dean Moriarty. Talvez Não Tenha Criança no Céu funciona como uma espécie de diário, no qual o mundo parece tão real quanto próximo do leitor, em momentos em que surgem referências, como a banda Legião Urbana.

Serviço
Livro: “Talvez Não Tenha Criança no Céu”
Autor: Davi Boaventura
Páginas: 128
Preço: R$29,90
*** 3 ESTRELAS / Bom

Nenhum comentário: